Último dia no Lobster
Eu realmente não consigo me lembrar onde eu vi uma forte recomendação para ler “Last night at the Lobster” (Tradução livre: “Última noite no Lobster”, onde Lobster é lagosta, mas nesse caso é o nome do restaurante), de Stewart O’nan.
Agora, pesquisando um pouco, me lembrei. É que o livro está virando um filme independente dirigido por Wagner Moura (maravilhoso sempre) e conta com algumas estrelas hollywoodianas (a produção é americana e o filme é em inglês). Pelo que li, ele ainda está em fase de produção, mas tenho certeza que o resultado vai ser ótimo, como tudo o que esse moço faz.
Continue reading “Último dia no Lobster”África não é um país
Eu me lembro de ter visto a capa desse livro em vários lugares e ter ouvido recomendações de amigas, mas não me lembro de nada específico sobre ele. Então, quando a Amazon me sugeriu, logo aceitei. Afinal, como recusar um livro com um nome tão provocativo?
“Africa is not a country: breaking stereotypes of modern Africa” (tradução livre: “África não é um país: quebrando estereótipos da África moderna”), de Dipo Faloyin, deveria ser mesmo parte do currículo de todas as escolas, como diz um comentário na capa.
Aliás, eu me perguntei muitas vezes ao longo da leitura porque a gente não estuda absolutamente nada sobre a África na escola, com exceção de alguma coisa sobre o Egito. E quando ela aparece, é mesmo como se fosse um país só, povoado com animais selvagens e crianças famintas.
Apesar de já desconfiar da resposta, aqui ela está desenhada para que até uma galinha com deficiência cognitiva conseguir entender. Tão óbvio que chega a doer. Mas vamos lá!
Continue reading “África não é um país”Nexus
Finalmente chegou meu exemplar de Nexus: A brief history of information networks from the stone age to AI (Tradução livre: “Nexo — uma breve história das redes de informação da idade da pedra até a inteligência artificial”), do meu guru Yuval Noah Harari.
Sou grande admiradora desse pensador que consegue traduzir tão bem a complexidade contemporânea. Amei Sapiens e Homo Deus resenhados aqui (e estou devendo 21 Lessons for the 21st century).
Então vamos a mais essa joia!
Harari começa dizendo que os seres humanos acumularam um imenso poder nesse planeta em que vivemos. Mas poder não é sabedoria, infelizmente.
Continue reading “Nexus”London, London
Aproveitamos a semana anterior ao nosso aniversário para passar uns dias em Londres, cidade onde só estive uma vez, em 1998, quando fui participar de um Congresso Internacional de Aeronaves não Tripuladas em Bristol. Na ocasião, só passei dois dias na cidade e mal dormi, de tão emocionada e querendo aproveitar o tempo ao máximo. A conclusão? Continuo a mesma pessoa emocionada…rsrs
A gente resolveu ter uma nova experiência: fomos de trem noturno (Berlim-Bruxelas) e depois o Eurostar, para cruzar o Canal da Mancha por baixo. Muito legal (recomendo), apesar de ser um pouco mais caro que de avião (se você não quiser compartilhar o cubículo com mais pessoas).
Mercato Portbello e Lancaster Road
Chegamos na nosso AirBnb em Londres já eram quase 4 da tarde; lá fui correndo aproveitar o solzinho de final de tarde e explorar as imediações do Holland Park, onde a gente ficou. Bati perna no Mercato Portbello e na Lancaster Road, onde tem as casinhas mais coloridas da cidade.
Continue reading “London, London”Kentukis
Comprei “Little Eyes” (tradução livre: “Pequenos Olhos”), de Samantha Schweblin, porque tinha visto muito boas referências e elogios ao livro. Inclusive ganhou o prêmio Guardian & Times Best Novel em 2020.
Vamos à história: um novo produto lançado no mercado está mexendo com pessoas no mundo todo. É o que os fabricantes chamam de kentukis; bichinhos de pelúcia de vários formatos com uma câmera nos olhos e alguns recursos de mobilidade básicos (tipo rodinhas nos pés).
Continue reading “Kentukis”Festival das luzes 2024
Ontem fui ver o Festival das Luzes; muito bom andar pelas ruas cheias de gente à noite! Andei só pela região da Ilha dos Museus e a avenida Unter den Linden. Estava tudo lindíssimo, como sempre, mas notei menos pontos de espetáculo (eu me lembro de quase o dobro em algumas edições). Além do show no Hotel Roma, na Bebelplatz, o que mais gostei foi dos mosaicos de arte ucraniana expostos nas paredes da Galeria James Simon.
A natureza da mordida
Esse livro estava na pilha de espera há mais de um ano, coitado. Sou muito fã da Carla Madeira (para mim, uma das maiores escritoras brasileiras vivas), mas, sei lá por que, estava deixando esse para depois; acho que é porque não queria esgotar a leitura do que ela já publicou. Enfim, chegou a hora. E, sinceramente, espero que a Carla já esteja escrevendo outro livro depois dos sucessos Véspera e Tudo é Rio.
Como sempre, a moça não decepciona. Uma história instigante, bem contada e cheia de sensibilidade. Uma coisa que gosto muito é que a história se passa em Belo Horizonte, cidade que eu amo e mora no meu coração.
Mas vamos à história.
Continue reading “A natureza da mordida”Rügen e Stralsund
Hoje fomos à Ilha de Rügen, no mar Báltico (cerca de 300 km de Berlim). A gente já tinha estado lá em 2012 (na época, fomos de moto). Dessa vez resolvemos visitar o Parque Nacional Jasmund, com suas praias com as pedras mais exóticas e lindas que já vi; de suas rochas saíam a matéria prima para fazer giz. A gente saiu da cidadezinha de Sassnitz e caminhou uns 5 km pela belíssima costa; depois voltamos pela floresta. O difícil foi voltar mais 5 km morro acima com os bolsos cheios de pedras…😂🥰😂
Continue reading “Rügen e Stralsund”O pacto da água
Eu me vi obrigada a comprar “The covenant of water” (tradução livre: “O pacto da água”), de Abraham Verghese, porque todo lugar que eu ia nas redes sociais tinha gente elogiando a obra: Bill Gates, Oprah Winfrey, Goodreads, Bookster e mais um monte de gente. Enfim, não tinha como.
O negócio é um tijolão com mais de 700 páginas, mas podemos chamá-lo de buraco negro; ele suga você para dentro da história e você vai passar a semana na Índia, visitando cidades menos famosas como Kerala, Cochin e Madras, bem no sul (adoro livro que tem mapa para a pessoa se localizar).
A história começa em 1900 com uma menina de 12 anos de idade indo de barco sozinha, sem a família, para encontrar seu futuro marido, de 40 anos. Nesse ponto, bem no começo, juro que pensei: não sei se quero ler o resto. Ainda bem que continuei.
Continue reading “O pacto da água”Vamos comprar um poeta
Eu vi “Vamos comprar um poeta”, de Afonso Cruz, sendo recomendado em mais de um lugar nas redes sociais. Achei o título curioso, então quando a minha querida sobrinha Bruna veio do Brasil me visitar, trouxe um exemplar (metade da mala da pobre moça eram livros).
A obra é bem curtinha (menos de 100 páginas) e é tipo uma fábula. Você lê numa sentada e sai sorrindo no final. O autor é um multiartista português cheio de talentos (além de escritor, é ilustrador, músico e cineasta) e já tem mais de 30 volumes publicados (nunca tinha ouvido falar dele; quanta gente boa tem nesse mundo que a gente não conhece!).
Mas vamos à história, narrada por uma menina de 13 anos; sua família, composta de pai, mãe e irmão, quase da mesma idade, é dona de uma fábrica.
Continue reading “Vamos comprar um poeta”
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